Academia de Parentalidade Consciente

É tão mais fácil educar de forma tradicional…

É tão mais fácil praticar uma parentalidade tradicional onde nos limitamos a impor regras e decidimos como nos é mais conveniente em cada momento….porque afinal somos nós que mandamos…
É tão mais fácil mandar dois berros só porque nos irritamos e não recebermos o toque do alarme que soa e nos relembra que a nossa intenção não é berrar quando nos descontrolamos…
É tão mais fácil ensinar a “respeitar” (provavelmente com base no medo e não no respeito em si) as nossas ordens cegamente, pois assim não somos confrontados com as verdades que os nossos filh@s nos mostram…
É tão mais fácil não carregar o peso da culpa quando percebemos que reagimos a um comportamento em vez de termos agido com auto-regulação…
Era tão mais fácil….
Só que eu não quero que o meu filh@ se torne num adulto obediente às normas impostas pela sociedade, sejam as ordens descabidas de um patrão, sejam quaisquer ordens de um companheir@.
Eu não quero que o meu filh@ se torne num adulto que aceita que alguém com mais poder lhe levante a voz.
Eu não quero que o meu filh@ adulto tenha medo de dar a sua opinião , nem que tenha medo de mostrar a sua verdade.
Eu prefiro trilhar o caminho mais difícil e educar-me a ser uma mãe mais consciente, uma mãe que respeita (que não quer dizer que aceita) as emoções, desejos e necessidades do seu filh@, pois estas tem tanto valor como as suas emoções, desejos e necessidades.
Eu prefiro educar-me a ser uma mãe que se responsabiliza pelos seus erros, se responsabiliza pela sua necessidade de aumentar o seu auto-controlo e que de forma autentica assume a sua fragilidade e imperfeição.
Eu prefiro este caminho mais duro, que me desafia, que mostra os meus erros, que me confronta e que me relembra constantemente das minhas intenções, porque acredito que a melhor forma de educar é através do exemplo.
Acredito, que desta forma ensino os meus filh@s sobre a importância do auto-controlo e gestão das suas emoções, ensino-os a terem respeito por si e pelos outros de igual forma, ensino a assumirem responsabilidade pessoal pelas suas emoções, escolhas e ações e a serem autênticos sem medo de assumirem a sua verdade.
Por tudo isto e muito mais eu prefiro o caminho mais difícil…mesmo nos dias em que faço asneira e em que por momentos me torno numa mãe tradicional…e está tudo bem…o importante é não perder o foco e seguir caminho!